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Pastor Alemão

Na Alemanha durante o século XIX existiam três variedades de cães de pastoreio na região da Suábia, Turíngia e Württemberg, respectivamente. Segundo relatos, estes cães seriam híbridos de lobos com cães trazidos a estas regiões. Especula-se ainda um possível parentesco com a raça Pastor-da-boêmia, que é bastante antiga, mas não há fatos que comprovem esta relação. Ao final do século XIX teve início, ainda que sutil, um movimento pela padronização dos cães alemães com a fundação da Phylax Society em 1891, que reuniu também as variedades de cães pastores com este mesmo fim. Porém a associação não teve sucesso, sendo dissolvida apenas três anos depois devido à discordância entre os criadores, já que alguns acreditavam que os cães deveriam ser selecionados pela funcionalidade, e outros acreditavam que deveria ser pela morfologia. Um ex-membro da Phylax Society, o ex-capitão da cavalaria alemã chamado Max von Stephanitz, também ex-estudante da Escola de Veterinária de Berlim, adquiriu um cão pastor da Turíngia chamado Hektor Linksrhein, que lhe cativou pelas ótimas habilidades para trabalho. Stephanitz mudou o nome de Hektor para Horand von Grafrath, e fundou em 1899 o clube do pastor-alemão (Verein für Deutsche Schäferhunde), que existe até os dias de hoje. Horand von Grafrath foi o primeiro cão pastor-alemão registrado e serviu como reprodutor principal e modelo para os cães pastores-alemães. No início do século XX a raça começou sendo utilizada como cão policial e foi criado um teste conhecido como Schutzhund, para avaliar a qualidade dos cães para o serviço. Propagandeados como mensageiros, batedores e carregadores, os pastores-alemães serviram ao exército alemão na Primeira Guerra Mundial, chamando a atenção dos exércitos inimigos, que levaram alguns exemplares consigo ao fim da guerra. Popularizados nos Estados Unidos e Reino Unido, tornaram-se celebridades da TV e do cinema, figurando em produções cinematográficas como Rin-Tin-Tin, ganhando também fama mundial como cão policial. No Brasil, a raça chegou por volta da década de 1920 pelas mãos de imigrantes alemães.

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Pelagem
Pastor-alemão de pelo comprido O padrão atualizado permite dois tipos de pelagem. Segundo o padrão recente traduzido pela CBKC, o pastor-alemão é criado nas variedades de pelo com camada dupla (ou seja: variedade de pelo curto) e de pelo externo longo e duro (variedade de pelo comprido), ambas possuindo pelo e subpêlo.[2] A variedade com pelo comprido foi aceita apenas em 2010, e existem esforços para que seja reconhecida como raça separada. A variedade de pelo comprido é conhecida também, por entusiastas e criadores específicos e de maneira não oficial como Altdeutscher Schäferhund.

Temperamento
O pastor-alemão é considerado um cão fiel, atento, seguro, autoconfiante, equilibrado, inteligente e altamente destemido. Considerado fácil de adestrar, tem boa convivência com crianças da família e outros cães, desde que socializado. É reservado com estranhos e é bastante alerta, não recua mediante ao perigo mesmo sob forte agressão inclusive de armas de fogo ou explosivos, qualidades que lhe favorecem a função de guarda, da qual não raramente é citada por muitos como o mais eficiente.

Aptidão
O pastor-alemão é reconhecido como o cão policial e militar mais bem sucedido do mundo, sendo utilizado tradicionalmente nesta função ao decorrer de mais de um século, devido a sua grande inteligência e versatilidade. Embora, hoje esteja disputando espaço com o Pastor-belga malinois. As linhagens de pastor-alemão mais utilizadas no serviço policial e militar no mundo hoje são as linhagens de trabalho. O pastor-alemão é ainda bem sucedido como cão de guarda, cão de pastoreio, e em provas de obediência como Schutzhund (IPO) e Ring francês, localização e agilidade, faro, guarda residencial e pessoal, já que seu adestramento não representa dificuldade para donos experientes.

Saúde
A principal afecção a acometer a raça pastor-alemão é a displasia coxofemoral, constantemente combatida através de regras impostas por clubes de criadores associados, à exemplo da Sociedade Brasileira de Cães Pastores Alemães (SBCPA) que possui regulamentos acerca de acasalamentos e controle preventivo de reprodutores, nos quais apenas cães a partir de 24 meses de idade com laudos radiográficos realizados por profissionais credenciados, provando a ausência de displasia coxofemoral e de cotovelo, recebem permissão para acasalamento em determinada categoria de acordo com as demais características do animal, avaliadas por um perito. Torção gástrica e mielopatia degenerativa também são outras duas afecções relatadas com mais frequência nos cães desta raça
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